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Especial 2021
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Saúde

CORONAVÍRUS - Como Passos enfrenta o risco de Epidemia

  • Paula Fabiana Tavares Freitas Santos
  • Autoridades de saúde de Passos seguem protocolo do Ministério da Saúde para evitar a transmissão do vírus no município.

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    O coronav�rus COVID-19, que colocou o mundo em alerta no come�o do ano e j� causou milhares de mortes, chegou ao Brasil no final de fevereiro, com a confirma��o do primeiro caso de infec��o de um brasileiro em S�o Paulo. O paciente de 61 anos havia chegado da It�lia, para onde viajara a trabalho, mas n�o apresentava sinais graves da doen�a. Entretanto, as autoridades federais e estaduais passaram a monitorar todas as pessoas que tiveram contato com ele, principalmente durante o voo de volta ao pa�s, a fim de evitar a poss�vel propaga��o do v�rus.No final de fevereiro, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), mais de 80 mil casos da doen�a haviam sido confirmados em 49 pa�ses, passando de 2,8 mil o n�mero de mortos, dos quais mais de 2,7 mil ocorreram na China, pa�s em que a transmiss�o come�ou, conforme se suspeitava at� aquela data.


    No Brasil, embora houvesse v�rios casos suspeitos, apenas um foi confirmado at� ent�o, mas sem transmiss�o local, uma vez que o paciente se contaminou na It�lia, pa�s em que 12 pessoas j� haviam morrido em decorr�ncia da infec��o.�
    Nesse per�odo, Passos encontrava-se livre do coronav�rus, no entanto as autoridades municipais e estaduais de sa�de j� estavam municiadas com o suporte t�cnico e as publica��es para profissionais de sa�de para se prevenirem contra o agente causador da doen�a, segundo a coordenadora da Vigil�ncia Epidemiol�gica da Secretaria Municipal de Sa�de de Passos, Paula Fabiana Tavares Freitas Santos.

    A Vigil�ncia Epidemiol�gica de Passos est� trabalhando em parceria com todas as unidades de sa�de do munic�pio. “Estamos atentos e vigilantes, com o objetivo de detectar e diagnosticar precocemente qualquer caso suspeito para que a transmiss�o de pessoa a pessoa seja interrompida e todas as medidas necess�rias sejam realizadas”, explica a coordenadora.

    IN�CIO DA TRANSMISS�O

    Conforme a linha do tempo tra�ada pelo Minist�rio da Sa�de para acompanhar a evolu��o da doen�a no mundo e planejar as a��es no pa�s, os primeiros casos suspeitos de infec��o por coronav�rus foram notificados em 8 de dezembro, com a identifica��o do agente causador ocorrida mais de 20 dias depois.

    As transmiss�es se espalharam a partir de Wuhan – capital da prov�ncia de Hubei, habitada por mais de 10 milh�es de pessoas e situada na regi�o central da China. No entanto, no final de fevereiro, pesquisadores chineses descartaram essa localidade como origem da transmiss�o. A informa��o � da Ag�ncia Brasil EBC (�rg�o de comunica��o do governo federal), segundo a qual os pesquisadores analisaram 93 amostras de v�rus coletadas em 12 pa�ses, mas ainda n�o sabiam qual seria o epicentro da transmiss�o.

    Em 3 de janeiro de 2020, o Brasil pediu esclarecimentos � OMS, em dois dias a entidade fez o primeiro comunicado de que havia 44 casos de pneumonia de causa desconhecida relacionada ao Mercado de Frutos do Mar de Wuhan.
    De acordo com o Minist�rio da Sa�de, os coronav�rus humanos s�o uma fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. Eles foram descobertos em 1937, mas sua descri��o s� ocorreu 28 anos depois, quando lhes foram dados o nome devido a seu perfil no microsc�pio parecer com uma coroa.

    Segundo o minist�rio, a maioria das pessoas se infecta com um tipo de coronav�rus ao longo da vida e o que tem causado risco de epidemia � um novo agente causador da doen�a COVID-19. Suspeita-se que a transmiss�o desse novo agente come�ou com o consumo de carne de cobra ou morcego, que fazem parte do h�bito alimentar de alguns habitantes de Wuhan.

    PASSOS EM ALERTA

    Em Passos, segundo Paula Fabiana, os profissionais de sa�de j� estavam cientes da s�ndrome respirat�ria aguda na primeira semana de janeiro e devidamente orientados, informados e atualizados pela Superintend�ncia Regional de Sa�de (�rg�o da Secretaria de Sa�de de Minas Gerais), com todo o material disponibilizado pelo Minist�rio da Sa�de.
    “As unidades de sa�de do munic�pio e os profissionais de sa�de est�o orientados a realizar a notifica��o imediata para a Vigil�ncia Epidemiol�gica mediante um caso suspeito e est�o aptos a desempenhar as a��es de controle e cuidado com o paciente”, explicou a coordenadora, que � enfermeira e refer�ncia t�cnica da Situa��o da Sa�de.
    At� o final de fevereiro, nenhum caso havia sido registrado em Passos, mas a aten��o era total nos postos e ambulat�rios municipais e Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para que qualquer paciente que apresentasse os sintomas de coronav�rus fosse atendido de acordo com o protocolo e, notificada a Vigil�ncia Epidemiol�gica.
    “Nesse momento, � muito importante a integra��o entre todos os setores, desde a aten��o prim�ria at� a rede hospitalar, onde protocolos e fluxos devem ser estabelecidos, otimizando os cuidados necess�rios para garantir a interrup��o da doen�a e a melhora do paciente”, observou Paula Fabiana.

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    Enio Modesto

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