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Saúde

Calvície feminina: O que você deve saber sobre o assunto

  • Graziela Castro Ribeiro do Valle
  • A calvície atinge 5% das mulheres em todo o Brasil. Apesar de muitas mulheres sofrerem com a perda de cabelo, este é um tema ainda pouco explorado. A médica dermatologista Dra. Graziela Castro Ribeiro do Valle fala sobre os tipos de calvície que atinge as mulheres, e as principais formas de tratamento.

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    A médica dermatologista Dra. Graziela Castro Ribeiro do Valle : ?É necessário saber qual o tipo de queda de cabelo a pessoa está tendo, se é uma alopecia androgenética, alopecia areata ou eflúvio, além de outros tipos... O diagnóstico correto leva ao melhor tratamento.?
    A m�dica dermatologista Dra. Graziela Castro Ribeiro do Valle : “� necess�rio saber qual o tipo de queda de cabelo a pessoa est� tendo, se � uma alopecia androgen�tica, alopecia areata ou efl�vio, al�m de outros tipos... O diagn�stico correto leva ao melhor tratamento.”

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    A queda capilar feminina pode ocorrer por v�rios fatores. A doen�a que acomete parte das mulheres e provoca a queda de cabelo � a alopecia androgen�tica, que � o tipo mais comum de alopecia, e provoca a calv�cie tanto em homens quanto em mulheres. Outra patologia que tamb�m provoca a queda de cabelo nas mulheres � o efl�vio, que � causado por diversos fatores, dentre eles doen�as virais, per�odo p�s-parto ou ap�s cirurgias.

    Sobre a alopecia androgen�tica, a m�dica dermatologista Dra. Graziela Castro Ribeiro do Valle explica que a doen�a est� relacionada a fatores gen�ticos e quest�es hormonais, levando ao afinamento progressivo do fio de cabelo at� a completa obstru��o do fol�culo piloso, local onde nascem os fios.

    “Um dos primeiros sinais da calv�cie � a rarefa��o capilar, ou seja, quando o cabelo come�a a ficar ralo e assim vai surgindo um espa�amento entre um fio e outro. Isso j� � sinal da alopecia androgen�tica. Os fios v�o ficando muito finos e fica poss�vel visualizar o couro cabeludo. Quando isso acontece, j� se pode caracterizar como alopecia androgen�tica. Vale lembrar que nem toda queda ou rarefa��o capilar � alopecia androgen�tica”, alerta a m�dica.

    De acordo com a Dra. Graziela, com a menopausa e com as varia��es hormonais, as mulheres podem perceber mais a alopecia. “A defici�ncia vitam�nica e uma m� alimenta��o tamb�m contribuem para a piora da queda capilar. A alopecia androgen�tica exige tratamentos e cuidados cont�nuos, al�m de ser uma doen�a que atinge tamb�m pacientes jovens e de ambos os sexos. Alguns pacientes podem ter fatores desencadeantes, como a gesta��o. O que eu recomendo para os pacientes � que n�o deve postergar o tratamento: quando come�ar a perceber a perda ou afinamento dos fios de cabelo, deve-se iniciar logo o tratamento”, ressalta a m�dica.

    A dermatologista explica que a porcentagem de recupera��o � vari�vel. “�s vezes aproveito alguns momentos como o p�s-parto para aumentar a chance de resultados mais significativos ou mesmo a terapia de reposi��o hormonal na menopausa. S�o per�odos em que o tratamento pode ser mais efetivo. Vale lembrar que a queda de cabelo pode ser multifatorial e o tratamento deve ser individualizado.”
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    A Dra. Graziela explica ainda que muitas mulheres relacionam a queda capilar � anestesia em casos de cirurgia, por�m o stress cir�rgico e a perda sangu�nea s�o os principais respons�veis.

    �������������������������������� Tipos de tratamento

    De acordo com a Dra. Graziela, hoje em dia existem diversas formas de tratamento, mas a principal ainda � via oral, atrav�s de medicamentos. “O uso da medica��o vai bloquear a a��o hormonal e estimular o crescimento dos fios e aumentar o aporte de nutrientes no couro cabeludo. Hoje ainda existem outras formas de tratar, como a mesoterapia capilar, que � a inje��o de fatores de crescimento no couro cabeludo”, destaca.

    A m�dica afirma que o passo mais importante ainda � o diagn�stico, pois a partir da� � poss�vel conhecer o hist�rico familiar e fazer o acompanhamento com o dermatologista.

    “S�o necess�rios tratamentos orais, shampoos, tratamentos t�picos e em consult�rio. Em alguns casos espec�ficos faz-se necess�rio o acompanhamento psicol�gico, principalmente se houver hist�ria de depress�o ou ansiedade. O paciente deve ser orientado sobre o tempo de tratamento e expectativa, pois � um tratamento longo e por vezes cont�nuo.

    Outro alerta feito pela Dra. Graziela � em rela��o � qu�mica, que pode fragilizar os fios ou provocar irrita��o e descama��o (caspa) no couro cabeludo, levando a um agravamento do quadro cl�nico.

    “� necess�rio saber qual o tipo de queda de cabelo a pessoa est� tendo, se � uma alopecia androgen�tica, alopecia areata ou efl�vio, al�m de outros tipos de alopecias tanto cicatriciais quanto n�o cicatriciais, se h� ou n�o algum processo inflamat�rio envolvido ou doen�a autoimune associada. O diagn�stico correto leva ao melhor tratamento”, finaliza a m�dica.

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    Renato Rodrigues Delfraro

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